Ideia
de colocar fotos no perfil com roupas de baixo surgiu em 2009, como
brincadeira. Seis participantes já foram parar nas páginas de uma revista
masculina
O exibicionismo digital corre na velocidade da banda larga. Depoimentos
lúdicos, poses insinuantes, protestos dramáticos e performances duvidosas se
multiplicam como coelhos cibernéticos no mundo virtual - não ter pudor é a
condição. Está aí o Lingerie Day
(#lingerieday), realizado em
janeiro e com repeteco na quarta (28/7), para confirmar. Sua (segunda) intenção
é fazer com que os usuários do Twitter mostrem as roupas íntimas na foto do
perfil. A ideia surgiu como uma brincadeira, em 2009, e hoje atrai a atenção de
revistas masculinas (seis avatares foram parar nas páginas da Vip no ano passado),
lojas de lingeries, sex shops e produtoras de filmes pornôs, que prometem
sortear de peças da Calvin Klein a DVDs. “As pessoas faziam hash tags
louváveis, como o Mussum Day (homenagem ao humorista dos Trapalhões), e outras
inócuas. Brincando, falei com amigos em criar o Victoria's Secret Day (grife de lingeries de
luxo). Depois, para ser democrático, optamos pelo nome atual”,
conta Fernando Gouveia, advogado autônomo,
encontrado no twitter como @gravz e
um dos criadores do dia das calcinhas, sutiãs e cuecas no Twitter.
Com cerca de dois mil seguidores na época, Fernando não esperava que algo
envolvendo peças diminutas tomasse proporções gigantescas. Uma séria de
reclamações, contudo, mudou tudo. Como se queimassem sutiãs virtuais nos
avatares alheios, mulheres se manifestaram contra a ideia – popularizando-a. “A
partir daí, outras garotas entraram na brincadeira. ‘Agora é que vou
participar’, diziam.” E o chauvinismo de 140 caracteres deu seu recado. No
flyer do “evento”, é divulgado um link com as fotos dos
avatares. Há desde imagens de baixa qualidade a produções calculadas.
Postado por: Estêvan Santos
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