Quando ainda criança, somos instruídos por nossos genitores a não ver o
que não é aconselhável para nossa idade e justamente este “não ver” é o que
torna prazeroso o observar às escondidas. Vemos revistas, vídeos, enfim, damos
nossos primeiros passos para a sexualidade.
O Voyeurismo possui um significado muito mais
abrangente do que simplesmente o prazer em observar o sexo alheio, o voyeurismo é
o prazer por observar, observar e deixar a imaginação fluir, mas não um
observar explícito, e sim um observar que traz da sua infância aquele desejo
pelo proibido e uma pontinha de curiosidade também.
Não apenas o observar, mas também o fato de ser observado
clandestinamente pode ser um jogo bastante interessante, uma aventura até mesmo
ousada e perigosa. Ao se trocar no provador de uma loja de roupas e ter a
sensação de que alguma fresta da porta do provador deixa à mostra seu corpo
desnudo, mulheres podem ter comportamentos distintos, por exemplo, 1)
Envergonhar-se e fechar completamente a porta devido a possível
observação de outra pessoa e/ou por ir contra seus princípios;
2) Fazer-se de inocente e ser provocativa na esperança de alguém
estar olhando.
O tipo de comportamento número 2 pode ser explicado também buscando
referências na nossa infância onde somos alertados, repreendidos e cobrados
quanto a preservar a nossa imagem se tratando principalmente de partes íntimas
do nosso corpo e do que venha a ser ou não vulgar. Mais uma vez o prazer pelo
proibido atiça nossa mente e isso vem a se tornar o chamado exibicionismo,
presente entre jogos adolescentes e na internet – o prazer por se mostrar e
assim proporcionar prazer a desconhecidos.
Observar e ser observado
são dois lados de uma mesma moeda, se completam. Podem fazer parte de uma
prática sexual ou apenas ser encarado como diversão e cabe a cada um escolher
seu papel.