A
dificuldade para chegar ao orgasmo é uma queixa feminina comum para
ginecologistas e sexólogos. Uma parcela das pacientes, porém, amarga uma dúvida
diferente: elas não sabem dizer se estão chegando lá, relatam especialistas.
Segundo
Carolina Ambrogini, ginecologista e coordenadora do Projeto Afrodite da
UNIFESP, a expectativa alta demais é um dos fatores que dificultam o
reconhecimento do orgasmo. Algumas dessas pacientes chegam sim ao clímax, mas
acham que deveriam sentir algo mais forte. “Elas fantasiam que será
surpreendente, que irão gritar muito, por conta dos relatos de amigas ou
filmes. Mas quando a gente explica a sensação, muitas percebem que já têm
orgasmo”, diz.
Por outro
lado, a questão pode refletir uma realidade bastante comum: só tem dúvida quem
nunca teve um orgasmo. A falta de intimidade com o próprio corpo é um dos
principais vilões nesses casos. “O problema acontece com mulheres que não têm o
hábito da masturbação. Ainda existe muito preconceito, elas acham que é sempre
o parceiro que deve conduzir o prazer”, explica Ambrogini. De acordo com a
especialista, disfunções relacionadas ao orgasmo correspondem ao segundo maior
motivo de atendimento no ambulatório de sexualidade da UNIFESP.
Relaxamento,
satisfação, perda momentânea de consciência. É vasto o vocabulário usado pelos
especialistas para explicar um orgasmo. Com o objetivo de esclarecer a sensação
para quem nunca sentiu ou ainda tem dúvidas, Ambrogini costuma usar uma
analogia em suas palestras: “É como um espirro. A vontade vem em ondas e, de
repente, ocorre uma descarga de energia”, explica.
O orgasmo possível
Ainda que a busca pelo orgasmo aflija muita gente, a perspectiva da satisfação
sexual da brasileira é positiva, de acordo com Gerson Lopes, ginecologista e
presidente da Comissão Nacional de Sexologia da FEBRASGO. “É dito na literatura
que 20% das mulheres que procuram ajuda não sabem se têm orgasmo. Mas a mídia e
os médicos estão ajudando a esclarecer”, diz ele.
Fonte: HBO
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Postado
por.: Estêvan Santos